Feijões
Nutritivo, versátil, diverso, acessível!
Esse é o feijão, uma leguminosa repleta de nutrientes e um aliado muito importante para a segurança alimentar.
Em 2016, a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) declarou o ano internacional dos “Pulses” (leguminosas como feijão e grão-de-bico). Isso para facilitar a colaboração entre os governos e organizações governamentais ou não governamentais.
A organização levou em consideração que, para o cultivo de feijão, é preciso 42% menos terra se comparado com a carne, além do alto valor nutricional. Dessa forma, é possível alimentar um maior numero de pessoas, garantindo a segurança alimentar da população de diversas partes do mundo.
O teor de proteínas das leguminosas é o mais alto em todo o reino vegetal. O feijão contém as quantidades ideais de aminoácidos essenciais (proteínas) quando combinado com algum cereal; por isso, a importante combinação arroz e feijão. O feijão sozinho não garante as quantidades necessárias do aminoácido metionina, que está presente em grandes quantidades no arroz. Em contrapartida, o arroz é pobre em lisina, muito presente no feijão.
Mas a combinação feijão e cereal não precisa se limitar ao arroz e feijão. Essa combinação pode ser feita com aveia, quinoa, cevada...
O bolinho de feijão azuki, presente no cardápio da Janeiro Natural, por exemplo, é preparado com farinha de arroz integral, completando todos os aminoácidos essenciais na refeição. Da mesma forma, você pode preparar um hambúrguer de feijão preto com aveia em flocos finos ou farinha de aveia.
Você consome quantos tipos de feijões?
Tão importante quanto consumi-los, é procurar variar o máximo possível. Isso porque cada feijão tem suas propriedades e, mesmo não tendo mudanças significativas quando falamos em minerais, essa troca é importante para a ingestão de nutrientes.
Existem mais de mil tipos de feijões no mundo. No Brasil, consumimos principalmente o carioca e o preto. Aqui falarei dos que conheço, consumo e mantenho no cardápio da Janeiro Natural:
Feijão rajado - levemente adocicado e terroso, tem alta concentração de ferro, 3 vezes mais que a média dos outros feijões. Contém vitamina B1 e B2, além de alta concentração de cálcio e fósforo.
Feijão azuki - não produz caldo encorpado e tem o grão miúdo. Ele é muito consumido na culinária asiática. Ajuda no desenvolvimento de massa muscular e fortalece a estrutura óssea. Tem alta concentração de molibdênio, mineral poderosíssimo com efeito desintoxicante.
Feijão branco - de casca fina e carnudo, é ótima opção para ensopados, como o cassoulet francês. O magnésio e o folato presentes nesse feijão ajudam a manter o coração forte; o folato é também essencial para o sistema nervoso central.
Feijão carioca - essa é a variação mais comum no Brasil. Ele é rico em lectina, proteína que combate o câncer. O cálcio e o fósforo, presentes em abundância no feijão carioca, contribuem para a saúde óssea e para a saúde muscular.
Feijão fradinho - também conhecido como feijão-de-corda, é fonte de manganês, antioxidante que protege as células que produzem energia. Uma xícara desse feijão fornece 8 gramas de fibra, equivalente a 22% da quantidade diária recomendada. Ele também reduz o risco de degeneração macular e protege contra a cegueira noturna.
Feijão moyashi - também conhecido como feijão-mungo, é muito presente na culinária indiana e asiática. Na culinária ayurveda, é considerado um restaurador para aqueles que estão se recuperando de alguma doença.
Suas propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas, protegem o sistema imunológico. Sua maior concentração de vitamina C ajuda no aumento dos glóbulos brancos.
Feijão preto - o feijão presente em toda feijoada, contém antioxidantes que protegem as células dos radicais livres, é rico em magnésio, ajudando a combater problemas cardíacos, além de contar com grande quantidade de fibras.
Fontes: Revista dos Vegetarianos no 176.
https://www.ativosaude.com/alimentacao-saudavel/15-melhores-tipos-de-feijao/
César Janeiro Groke
Fundador da empresa Janeiro Natural